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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Reforma ortográfica não é consenso entre especialistas

Há divergências entre necessidade de mudança, prazos e conseqüências

Publicado em 10/04/2008 - 13:00
fonte: http://www.universia.com.br/docente/materia.jsp?materia=15754#
Por Lilian Burgardt
 
"Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro."
(Pronominais - Oswald de Andrade) 

Já no início do século XX, escritores modernistas criticavam nossa língua portuguesa. As divergências cresciam sobre como falavam e escreviam os brasileiros e a discrepância da língua falada por um povo colonizado por portugueses, mas que com o passar dos anos desenvolveu um idioma próprio. O tempo e as divergências culturais dos povos só aumentaram as diferenças entre a nossa língua e a tradicional língua portuguesa. Extraiu-se a letra C de "objectos" e as tremas da "saüdade", por exemplo. Sem que, para o nosso povo, elas fizessem tanta falta assim.

Para especialistas, as línguas portuguesas (Português Brasil e Português Portugal) são gêmeas não idênticas que dificultam a difusão internacional do idioma. Os documentos dos organismos internacionais que adotam o português como língua oficial precisam ser duplicados, pois devem ser publicados numa e noutra ortografia. A certificação de proficiência de língua portuguesa não pode ser unificada. Os materiais didáticos e os instrumentos lingüísticos, como dicionários e gramáticas, produzidos numa ortografia não servem para países que adotam a outra e assim sucessivamente.
Esses motivos levaram Brasil e Portugal, em 1990, a propor um acordo de unificação ortográfica que até hoje, porém, não pôde ser cumprido em virtude das divergências dos dois países em relação aos itens propostos. Para Portugal, o Brasil sugere um modelo que descaracteriza a língua portuguesa, já que a maior parte das regras a serem adotadas após a reforma parte do idioma utilizado pelos brasileiros. Para o Brasil, Portugal adota uma postura inflexível em virtude das pressões de nacionalistas que querem polemizar o acordo ao alegar que o Brasil teria interesse político por trás da reforma, quando pensam em enriquecimento da cultura por meio de uma ampla difusão do idioma.

[...]

Leia a íntegra deste artigo no site da UNIVERSIA:


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