Há divergências entre necessidade de mudança, prazos e conseqüências
Publicado em 10/04/2008 - 13:00
fonte: http://www.universia.com.br/docente/materia.jsp?materia=15754#
"Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro."
(Pronominais - Oswald de Andrade) Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro."
Já no início do século XX, escritores modernistas criticavam nossa língua portuguesa. As divergências cresciam sobre como falavam e escreviam os brasileiros e a discrepância da língua falada por um povo colonizado por portugueses, mas que com o passar dos anos desenvolveu um idioma próprio. O tempo e as divergências culturais dos povos só aumentaram as diferenças entre a nossa língua e a tradicional língua portuguesa. Extraiu-se a letra C de "objectos" e as tremas da "saüdade", por exemplo. Sem que, para o nosso povo, elas fizessem tanta falta assim.
Para especialistas, as línguas portuguesas (Português Brasil e Português Portugal) são gêmeas não idênticas que dificultam a difusão internacional do idioma. Os documentos dos organismos internacionais que adotam o português como língua oficial precisam ser duplicados, pois devem ser publicados numa e noutra ortografia. A certificação de proficiência de língua portuguesa não pode ser unificada. Os materiais didáticos e os instrumentos lingüísticos, como dicionários e gramáticas, produzidos numa ortografia não servem para países que adotam a outra e assim sucessivamente.
Esses motivos levaram Brasil e Portugal, em 1990, a propor um acordo de unificação ortográfica que até hoje, porém, não pôde ser cumprido em virtude das divergências dos dois países em relação aos itens propostos. Para Portugal, o Brasil sugere um modelo que descaracteriza a língua portuguesa, já que a maior parte das regras a serem adotadas após a reforma parte do idioma utilizado pelos brasileiros. Para o Brasil, Portugal adota uma postura inflexível em virtude das pressões de nacionalistas que querem polemizar o acordo ao alegar que o Brasil teria interesse político por trás da reforma, quando pensam em enriquecimento da cultura por meio de uma ampla difusão do idioma.
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